quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O Amor Nunca Morre.





“Se tudo desaparecesse, mas se ele ficasse, eu continuaria a existir. E, se tudo permanecesse e ele fosse aniquilado, o mundo inteiro se tornaria, para mim, uma coisa totalmente estranha..”
Eu era uma jovem mimada, de espírito livre. Fui criada com meu irmão emprestado – Heathcliff – O qual amava. Era um sentimento forte e estava ciente da sua reciprocidade. Porém, nunca o considerei digno de ser meu marido. Acabei dividida entre minha essência absolutamente selvagem e apaixonada e, minha ambição em tornar-me uma grande dama. Optei, então, pela segunda.
Heathcliff não me proporcionaria nada além de amor. Já, Edgar Linton, sim. E foi com ele que decidi casar.
Os anos se passaram e o amor que sentia por Heathcliff ainda permanecia em mim – Em meu coração. Comecei a viver de limites. Entre a normalidade e a loucura. Minha vida havia se tornado sombria Mais sombria do que nunca. Repleta de súbitos ataques de choros e, a única companhia de que tinha era a dificuldade em controlar minhas próprias emoções. Pensava: “– Estou às portas da loucura.”
Heathcliff havia voltado e trazido junto a ele mais angústias, essa angústia estava assolando minha alma. Tinha que confessar: Meu temperamento era explosivo. Sentimentos intensos e flutuações de humor se tornavam cada vez mais frequentes. Por horas, não conseguia conter minha fúria.
Ao mesmo tempo em que podia ser amável e sensível, era explosiva e repleta de delírios. Ver Heathcliff vingativo e cheio de ódio estava me enlouquecendo ainda mais.
“O teu sangue – frio não consegue ficar febril, corre-te nas veias água gelada, mas nas minhas o sangue a ferver, e ver tanta frieza à minha frente deixa-me desvariada.”
Meu coração sentia dores e meu sangue fervia involuntariamente. Esse amor que havia dentro de mim, não fortalecia, só destruía. E eu sabia, mesmo não querendo acreditar, que estava próxima de meu fim. Deixaria minha filha Cathy, recém nascida e meu marido.
Fui concluindo então, que o amor nem sempre faz bem. Mesmo havendo um sentimento arrebatador entre mim e Heathcliff, a vida – que ironia – tratou de separar-nos.


(Releitura do Livro O Morro dos Ventos Uivantes – Texto narrado por Catherine, uma das personagens protagonistas e escrito por mim.)





Seduzir com o que de bom tu tens por dentro.


Muita gente aí e aqui estão mais preocupados com a aparência do que qualquer outra coisa. Arruma o cabelo, adquire uma roupa, muda aqui, remenda ali, malha o glúteo. Mas, não arruma a essência, não adquire conhecimento, não muda o pensamento pequeno, não remenda o cérebro e não malha o mais importante: Caráter.

Não é sub-julgamento, nem auto-intitulação. Nem todos que assim vivem, são vazios de essência. Pra toda regra há uma exceção. Mas, de fato, alguns precisam sair do material pra aprender, na prática, o que é ser feliz de verdade. Felicidade não é interdepender de estética e embalagem. Ou depender de marca e cirurgia plástica. Tu precisa estar bem contigo mesmo, sim. Mudar o cabelo de vez em quando, comprar um sapato ou uma bolsa: Isso faz bem. Porém, não é uma necessidade. Não é necessidade querer parecer melhor que outrem. É muito fácil ter um rostinho e um corpo bonito, e ser só isso. Complicado é unir tudo isso e conseguir conquistar e seduzir com o que de bom tu tens por dentro.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Vai, destrói de uma vez esses teus monstros internos!





Tenho lido muito blablablá de que a sociedade impõe um esteriótipo de beleza: Menina bonita é menina magra. Agora me digam, que sociedade é essa que não é a mesma que a minha? Ninguém nunca me impôs algum tipo de esteriótipo. Ninguém me disse que eu deveria ser tipo Gisele pra ser bonita. Ou que eu deveria malhar muito pra virar uma panicat e sair por aí chamando atenção. Uma propaganda de lingerie e um outdoor com o tipo-de-mulher-que-todo-homem-gosta não me representa. Quem cria esse tipo de paradigma são os monstros interiores que vocês mesmas possuem. Ninguém estipula, nem rotula nada. Quando tu nasce não vem anexado na certidão um papel estipulando como tu deve ser pra agradar os outros. E bem, foi-se o tempo que "magreza" era sinônimo de beleza pra "sociedade" e pra "mídia". O que eu vejo, em dias atuais, é um padrão de beleza baseado na mulher que tá disposta a perder toda feminilidade e se matar em meio à esteroides e anabolizantes. Mas ninguém te impôs isso. Simplesmente tu ligou a televisão ou abriu o Instagram e viu 300 mulheres igualmente iguais. Com coxas medindo 60cm. E aí TU mesma colocou essa mulher como um ideal de beleza. Ou assistiu um Fashion Week e colocou as pernas estilo vareta como outro ideal. Agora me diz, por que a gordinha não aparece nos outdoors? Por que a mulher com as pernas fininhas e a barriga saliente não tá nas propagandas da tv? Porque a maioria delas não tá feliz com elas mesmas. E o que "sociedade" exige não é uma mulher magra ou musculosa, é uma mulher auto-suficiente. Uma mulher que é feliz com pneuzinhos e celulite. Uma mulher que é feliz e foda-se o resto. Mas essa mulher tá escondida, trancada em casa e procurando tudo que ela acha feio nela mesma. As pessoas não tem em quem colocarem a culpa e a baixa auto-estima e aí colocam na mídia e na sociedade. Tá, tudo bem, mídia manipula. Mas tu não é obrigado a virar fantoche dela. Só vira se quiser.
Repito: Ninguém te impôs nada! Por favor, parem de colocar a culpa na sociedade! Parem de dizer que as pessoas viram isso e aquilo porque a sociedade quer. Parem de dizer que as pessoas se matam porque os parâmetros que a mídia impõe não são os mesmos que a pessoa, naturalmente, tem. Vai se amar, vai pra frente do espelho e fala pra ti mesmo o quanto tu é linda, poxa. Quer malhar pra tirar os pneuzinhos, quer fazer um regime, quer aumentar um pouco a bunda: O faça! Mas não faz com que isso vire um vício, não faz disso uma meta de vida, porque o máximo que tu vai conseguir é destruir com a tua vida. E a única coisa pra ser destruída são esses monstros que estão dentro de ti.
Só pra finalizar, tu escolhe seguir modinha e ser igual a todo mundo simplesmente porque quer. Não é a sociedade que te mata e menospreza, não!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Nós.


Mas é como se esse "Nós" existisse antes mesmo de nos conhecermos. Como se alguém, Deus, tivesse prescrito que nos encontraríamos no lugar menos provável e nos permitiríamos coisas muito menos prováveis ainda.
Uma situação demasiada, prolixa, intensa. Uma pessoa certa que aparece num lugar inapropriado, porém, na hora certa. O certo e o errado oscilando, sempre. Um sentimento complicado, mas inevitável.
Talvez esse "Nós" tivesse sendo ensaiado nas entrelinhas da vida e Ele, só tivesse esperando a hora certa de nos apresentar. Te conhecer bem, te conhecer melhor, porque não antes? Sinto como se isso tivesse sido necessário. Como se conhecer tua essência fizesse parte de todo esse ensaio, só pra eu me encantar, só pra eu me prender. Tudo fazia parte do ensaio, tudo. Até mesmo te estranhar.
Deus escreveu tudo certo em nossas linhas tortas, a gente se desencontrou por tantas e tantas vezes e olha agora, olha! Agora estamos ali, aqui, juntos. Como se um pertencesse ao outro desde sempre. É tão irônico, mas eu sei mais de ti do que imaginavas e tu conhece de mim desde as picuinhas. Acho que enfim, eu, tu, nos encontramos. Nos encontramos mais uma vez com o amor. Mais uma vez ou a única. Ele que parecia tão distante. Ele que talvez nunca tenha existido antes pra Nós. E o que eu espero... Simplesmente... Que dure. Pela eternidade se possível.



terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Dividir. Multiplicar. Somar. Ou subtrair?

Tudo na vida vem em proporção – que são às vezes adequadas ou inadequadas as nossas deficiências. Assim como nós podemos somar pessoas e sentimentos, nós podemos subtraí-las também. Isto é, sobrepor sentimentos, acrescentar a eles mais intensidade. Isso seria o mesmo que fazer uma conta matemática a qual somamos um número a outro. É. Em outras palavras, quando conhecemos alguém, somamos aquela pessoa a nós mesmos. Acrescentamos em cima do que já temos aquilo que a pessoa possui. Daí, então vem a multiplicação. Multiplicamos nossa essência, nossos costumes, nossos sentimentos, nossos prazeres. Multiplicamos, porque antes, foi feita uma soma de dois corpos diferentes que agora possuem um pouco de si e um pouco do outro. Mas assim como na matemática, um número trocado pode deixar todo o cálculo errado. Sempre é preciso atenção na hora de somar e multiplicar. Na matemática, e na vida.
Chega a hora de dividir. Dividir o que e pra quê? É tão bom ter tudo multiplicado, somado. Tudo mais, mais e mais. Só que nada em excesso é totalmente bom. Pra isso, a divisão. Dividir sentimentos, dividir pessoas, dividir momentos, coisas, objetos, problemas. Ficar dividido, isso sim, é algo incomodo. Porém, quem divide pode sim multiplicar sua felicidade. Não podemos ser egoístas ao ponto de querer sempre somar-se a outro, é preciso dividir e dividir bem. Até porque não se pode somar sempre, se não tiver alguém pra dividir. Dividir pra que todos fiquem com partes iguais. Ou não. Como na matemática, que a gente aprende a dividir a pizza em pedaços iguais pro Joãozinho e pra Mariazinha. Mas que, nem sempre, é possível que essas partes sejam totalmente iguais pros dois.


Se dividirmos, somarmos ou multiplicarmos de forma que o resultado não seja igual ao que está na folha de respostas do livro pode ser que seja necessário então, subtrair alguma coisa, alguma parte. Ou ainda, refazer toda a conta novamente. Persistir nela até que dê certo.
Mas subtrair, é inevitável. Às vezes tem coisa demais na cabeça, no coração, na gaveta. E, também, no problema matemático. E aí temos necessidade de fazer a famosa continha de diminuir. O fulaninho tinha 5 maçãs e comeu 3, com quantas ele ficou? Ele ficou com 2. Duas que serão suficientes pra saciar a próxima fome que ele sentir. E na vida é assim. Subtraímos pra ficar, ainda, com aquilo que realmente nos é necessário. Afinal, quem é que gosta de coisa em proporção errada? Se a gente divide, multiplica, soma ou até mesmo subtrai é pra ficar com um número exato, não é?
Vivemos na tentativa de fazer as coisas darem certo. Então, que a gente possa somar e multiplicar sempre. Dividir só pra não ficar com coisa em excesso e subtrair tudo aquilo que não fizer bem.